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sexta-feira, 10 de agosto de 2012


POPÓ: DEICOR PRENDE MAIS UMA SUSPEITA.
Presa no Ceará, Orlandina Carneiro clonava cartões para manter grupo de sequestradores.
Paulo Nascimento
paulonascimento.rn@dabr.com.br

Policiais da Divisão Especializada em Investigações e Combate ao Crime Organizado (Deicor) foram até Fortaleza, no Ceará, para capturar mais uma pessoa envolvida no sequestro de 37 dias de Porcino Fernandes da Costa Segundo, conhecido como Popó Porcino, de 19 anos. Orlandina Torres Carneiro, 33 anos, foi presa na tarde de quarta-feira por força de mandado judicial expedido pela Comarca de Ceará-Mirim. Detalhes sobre a prisão da acusada foram divulgados pela delegada titular da Deicor, Sheila Freitas, durante entrevista coletiva concedida na sede da Delegacia Geral de Polícia (Degepol), ontem à tarde.

Orlandina e Paulo Victor são parceiros de crime. Juntos, haviam sido presos em 2010 com cartões clonados e chupa-cabra. Foto: Degepol/DN/Divulgação // Deicor/DN/Divulgação

Orlandina estava dentro de uma igreja evangélica no bairro Pan-Americano, onde ocorria o velório de uma criança de 5 anos de idade, que seria sua sobrinha, quando recebeu voz de prisão dos agentes da Deicor. Agentes e os delegados Francisco Carlos de Araújo Crisóstomo e Sâmia Rios, do Departamento de Inteligência Policial (DIP), da Polícia Civil do Ceará, também participaram da operação.

Segundo a delegada Sheila, Orlandina teria pintado o cabelo de preto para evitar que fosse reconhecida. "Ela nos disse que tinha ido a Fortaleza alguns dias antes da polícia estourar o cativeiro", disse a delegada. Porém, informações extra-oficiais apontam que Orlandina estaria em Natal quando a polícia libertou Popó Porcino, no dia 24 de julho, mas terminou escapando do cerco policial.

A cearense, natural de Pacajús, seria parceira de crimes de Paulo Victor Lopes Monteiro, apontado como o líder da quadrilha que manteve Popó Porcino em cativeiro, no maior sequestro registrado no RN. Ao ser detida, Orlandina disse que apesar de morar com Popó, Bruna Landim e uma empregada, não tinha conhecimento que o rapaz seria vítima de um sequestro. 

Porém, de acordo com informações da polícia, Orlandina era quem comandava a parte financeira do grupo com o dinheiro arrecadado com a clonagem de cartões de crédito. "Com esse dinheiro ela comprava alimentos, carros e alugava as casas para o sequestro.Ela nos disse que agia em João Pessoa e Recife", declarou a delegada. A polícia ainda investiga a possibilidade de outra pessoa ajudar financeiramente o grupo. 


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