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terça-feira, 25 de setembro de 2012

GAROTO AUTISTA É ABANDONADO EM CENTRO DE REABILITAÇÃO NA GRANDE SP

Garoto cumprimenta guardas civis metropolitanos que o resgataram do centro de reabilitação social MARTHA ALVES DE SÃO PAULO Um adolescente autista de 17 anos foi deixado trancado e no escuro no CRS (Centro de Reabilitação Social) Jardim Vitória, em Taboão da Serra (Grande São Paulo), na noite de segunda-feira (23). Por volta das 17h30, um funcionário do CRS ligou para a família pedindo para alguém buscar o adolescente porque o carro que faz o transporte havia quebrado. Quando a mãe chegou ao local por volta das 18h encontrou o CRS fechado. Imaginando que o carro havia sido consertado, os familiares retornaram para casa e aguardaram a chegada do garoto. " A perua sempre atrasa e por isso não nos preocupamos com a demora", disse Ariane Alves Moreno, 20, irmã do garoto. Preocupada com a demora do adolescente, a família ligou para o 190 e para a GCM (Guarda Civil Municipal) informando sobre o desaparecimento. A PM fez buscas na região e não encontrou o adolescente. Por volta das 23h, os guardas municipais pularam o muro da escola e encontraram o garoto sozinho trancado em uma sala escura. Ao menos um computador foi quebrado pelo menino que estava assustado e irritado. O garoto deveria ter tomado um remédio controlado por volta das 22h. Ariane disse que encontrou o irmão nervoso e cheirando a urina e fezes. " Quando ele me viu ficou mais calmo e sorriu, mas com certeza ficou traumatizado", disse. Segundo a GCM, a administradora da unidade esteve na delegacia para prestar depoimento e disse que não foi trabalhar ontem, mas que nesta terça-feira fará um levantamento para descobrir quem deixou o garoto sozinho. Ela também pediu desculpas à família e disse que isso não vai mais acontecer, mas para Ariane quem fez isso com o seu irmão terá que ser responsabilizado. Segundo Ariane, faz quatro anos que o garoto está longe da escola porque a família não consegue vaga em uma escola especial. No CRS, o adolescente estava há três dias ainda em fase de adaptação. "A gente estava feliz porque tinha conseguido um lugar que faz inclusão social, mas agora não vamos mais levar", afirma Ariane. 

Fonte: Bol Notícias



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