OUÇA A RÁDIO METAMORFOSE FM - 104,9 MHZ.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

EPICENTRO DA COVID-19, MANAUS TEM UM DOS CANDIDATOS FAVORITOS CONTAMINADOS APÓS EVENTO SEM MÁSCARA.

O candidato do Avante, David Almeida, que foi diagnosticado com o novo coronavírus Foto: Reprodução.

A disputa eleitoral no epicentro da pandemia no Brasil, Manaus (AM), já começou com o registro de contaminação de candidato e alerta de órgãos públicos para aglomeração em convenções. Nas últimas semanas, aumentou a dispersão do vírus entre as classes A e B na capital do Amazonas. Hospitais privados registraram alta significativa de internações, e candidatos já começaram a demonstrar preocupação com um novo pico de infecções. 

Bem colocado em pesquisas de opinião, o candidato do Avante, David Almeida, resolveu fazer pouco caso das circunstâncias na semana passada, quando se lançava ao cargo. Ao lado de aliados, dispensou o uso da máscara. 

"Eu vou tirar a máscara. Estou longe de vocês, vocês não vão ser infectados. Até porque não peguei e não vou pegar isso", disse o candidato, em tom de galhofa. 

Cinco dias depois, indisposto, ele recebeu o resultado do teste: está com Covid-19. Nas redes sociais, David Almeida avisou que, "no ritmo que estava, apesar de todos os cuidados, seria impossível não pegar (a doença)".

Ontem, a Fundação de Vigilância e Saúde do Amazonas alertou que a alta de internações — aumento de 6% em leitos públicos de UTI e 10% nos leitos privados, no período de duas semanas — tem relação direta com as aglomerações. O órgão cita o registro de mais atividades de lazer em "bares, casas noturnas, festas, confraternizações de aniversário e casamento", além de reuniões como "convenções partidárias". 

No fim de maio, diante do colapso dos sistemas de saúde e funerário, a prefeitura de Manaus, administrada pelo tucano Arthur Virgílio Neto, precisou abrir covas coletivas para enterrar as vítimas da Covid-19. Um dos diagnósticos de adversários para a situação é que a cobertura da rede de atenção básica é baixa. Por isso, as redes de média e alta complexidade acabam sobrecarregadas por todo tipo de atendimento.  Só na capital do Amazonas, já morreram 2.435 pessoas por causa do vírus.

Fonte: *Revista Época.

Nenhum comentário:

Postar um comentário