INSS em Natal — Foto: Sindprevs-RN. |
O Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) tem 9,8 mil pedidos de benefícios previdenciários pendentes há
mais de 45 dias no Rio Grande do Norte, segundo dados informados a pedido do G1
nesta terça-feira (21). O benefício com maior fila de espera é o assistencial
dado a pessoas com deficiência, que tem mais de 4.086 mil potiguares na lista.
O prazo de 45 dias é o prazo para
que o INSS comece a pagar o benefício, após o usuário dar entrada na
solicitação. Em todo o país, até o início da semana passada, cerca de 2 milhões
de pessoas estavam na espera mesmo após esse prazo. Na maior parte dos casos, o
atraso ocorre devido a problemas no sistema de análise da própria previdência.
No Rio Grande do Norte, a maior
parte dos pedidos é por auxílio a pessoas com deficiência. O segundo maior
grupo é dos que querem se aposentar por idade (2.176). O salário-maternidade
vem em seguida, com 1.531 mulheres na fila, além dos trabalhadores que querem
se aposentar por tempo de contribuição (911), dos pedidos de pensão por morte
(591), do benefício assistencial ao idoso (523) e auxílio-reclusão (23).
Na semana passada, o Governo
Federal reconheceu o problema e anunciou medidas para reduzir a fila de espera.
Entre elas, está a previsão de convocação de militares da reserva para o
atendimento no órgão. No entanto, a situação só deverá se normalizar em
setembro, de acordo com a previsão do próprio poder Executivo nacional.
Em 2019, MPF pediu contratação de
servidores
Em agosto do ano passado, o
Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública contra a União e o
INSS determinando que fossem contratados de forma temporária, em até 45 dias,
funcionários em número suficiente para atender às demandas acumuladas há mais
de 60 dias no instituto. Além do recrutamento de mão de obra temporária, o MPF
pediu que fosse realizado concurso para provimento de cargos efetivos vagos.
Além disso, o INSS deveria informar mensalmente o tempo de análise dos pedidos
recebidos.
*G1 RN via Blog do JP.
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