Pai e filho morreram vítimas da
Covid-19 com uma diferença de menos de 30 minutos no interior do Rio Grande do
Norte. O caso aconteceu no fim da noite desta quarta-feira (17) em Pau dos
Ferros, no Alto Oeste.
João Batista Fernandes de
Oliveira era comerciante e tinha 49 anos. Ele começou a ter sintomas no dia 23
de fevereiro. Já o pai, Deoclecio Fernandes de Oliveira, de 83 anos, começou a
apresentar sintomas um dia depois. Ambos moravam em Itaú.
De acordo com o sobrinho de João
Barista e neto de Deoclécio, Maedon Fernandes, o tio estava internado há 14
dias e avô, 13. João Batista era obeso e tinha diabetes. Já o pai, Deoclecio,
não tinha comorbidades e não havia recebido a vacina contra a Covid-19.
Maedson contou que o avô estava
intubado, sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu por volta das 23h30
desta quarta-feira (17). O tio morreu minutos depois, pouco antes da
meia-noite.
“Meu avô estava intubado e sedado
e meu tio estava na UTI também, mas estava bem. Todo dia falávamos com ele. Meu
tio querido, uma cara saudável, um cara trabalhador, veio a óbito. A gente
jamais acreditou que isso iria acontecer”, disse Maedson Fernandes
A esposa de seu Deoclecio também
foi contaminada pelo vírus, passou dois dias internada, mas já recebeu alta. A
esposa e o filho de João Batista também testaram positivo para a Covid-19, mas
já se recuperaram.
Os corpos de pai e filho chegaram
por volta das 9h20 da manhã desta quinta-feira (18) à cidade de Itaú e em
seguida foram sepultados no cemitério do município.
Segundo o boletim divulgado pela
secretaria municipal de saúde de Itaú, nesta quarta-feira (17), o município
contabilizava 160 casos confirmados da Covid-19 e 5 óbitos. Os óbitos de João
Batista e Deoclecio Fernandes foram confirmados após a divulgação do último
boletim. O município tem cerca de 4,8 mil habitantes.
Decreto
Nesta quinta-feira (18), o
governo publicou novo decreto com medidas mais restritivas no Rio Grande do
Norte. Segundo a governadora, Fátima Bezerra (PT) a medida visa diminuir o
contágio acelerado da doença no estado e a pressão do sistema de saúde. Veja
entrevista concedida na noite de quarta (17).
Do G1 RN.
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