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terça-feira, 19 de novembro de 2013

HENRIQUE ALVES DEFENDE, NA ONU, PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO CONSELHO DE SEGURANÇA.

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Durante a reunião com o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas no mês de novembro, Liu Jieyi, reiterou o apoio à presença permanente do Brasil no órgão máximo de segurança da ONU.

A reunião entre Alves e o embaixador chinês ocorreu durante as atividades da Audiência Parlamentar Anual das Nações Unidas – evento paralelo da 68ª Assembleia Geral da ONU, que discute o papel dos parlamentos na definição e implementação da agenda de desenvolvimento da entidade pós-2015, quando se encerra o prazo para o cumprimento das metas estabelecidas em setembro de 2000 na Cúpula do Milênio.

Jieyi destacou dois assuntos que são debatidos no âmbito do Conselho de Segurança e que são classificados como importantes para os dois países: as repercussões da Conferência Rio+20 e a definição de metas para o desenvolvimento sustentável a partir do fim das metas do desenvolvimento do milênio, que terminam em 2015.

“A cooperação entre os dois países deve ser ainda mais estreita para definir como será o mundo nos próximos 20 anos”, disse o embaixador, que também elogiou muito a participação brasileira nos Brics (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) como “elemento inovador e da maior relevância” para defender a causa dos países emergentes nos fóruns mundiais.

Jieyi reiterou a boa convivência entre os dois países e destacou que no ano que vem ocorrerá a celebração pelos 40 anos do reestabelecimento das relações diplomáticas entre Brasil e China.

O Conselho de Segurança é atualmente composto por 15 membros, sendo cinco permanentes e com poder de veto (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia) e mais dez não permanentes e sem poder de veto, eleitos a cada dois anos. Um grupo de seis países, entre eles o Brasil, foi formado no início do mês para apoiar o processo de reforma do colegiado.

O fato de o Brasil reivindicar uma vaga permanente foi lembrado pelo presidente da Câmara na reunião com o embaixador. “Queremos participar de forma permanente [do conselho], sabemos que isso demanda tempo, mas é uma obstinação brasileira pela liderança mundial exercida pelo Brasil, sobretudo na América do Sul”, disse Henrique Alves. “Vamos dar grande contribuição, porque temos uma formação democrática muito  acentuada, muito vigorosa”, acrescentou.

Durante a missão de parlamentares brasileiros na assembleia da ONU, que termina nesta segunda-feira, Henrique Eduardo Alves também se reuniu com a missão diplomática brasileira, que expos os trabalhos desenvolvidos, e com o secretário-geral adjunto das Nações Unidas, Jan Eliasson, para discutir o papel dos parlamentos na definição e implementação da agenda de desenvolvimento da entidade pós-2015, quando se encerra o prazo final para o cumprimento das metas estabelecidas em setembro de 2000 na Cúpula do Milênio.

Na reunião foram discutidos temas como segurança cibernética, desenvolvimento sustentável e o papel do Brasil nas missões de paz coordenadas pela ONU. O embaixador do Brasil na ONU, Antonio Patriota, também participou do encontro. Durante a reunião, Jan Eliasson questionou o presidente da Câmara sobre o impacto das denúncias de espionagem de autoridades brasileiras por parte do governo dos Estados Unidos.

Henrique Alves disse que a repercussão foi grande e a maioria das lideranças políticas e da população manifestou apoio à postura de Dilma - que se recusou a visitar os Estados Unidos e cobrou explicações do governo americano. Ele lembrou, no entanto, que as relações econômicas entre os dois países foram preservadas. Sobre esse assunto, Alves destacou ainda que a Câmara já negocia a votação de um marco civil da internet - principal item na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados nesta semana. "É muito difícil alcançar o consenso sobre esse tema, pois são muitas visões e facetas, mas ainda estamos tentando um acordo para viabilizar a votação da matéria”, afirmou Alves.

Já Eliasson relatou experiências nas quais constatou o "poder da internet". Em uma delas, vivenciada na África, líderes tribais que não liam ou escreviam conseguiram compreender a mediação da ONU a partir do uso de aparelhos celulares. "A internet é uma força do bem que não permite mais o encobrimento da verdade", declarou o líder da ONU. Eliasson disse ainda que quando veio ao Brasil na década de 1990, ficou "impressionado" com o grau de informatização das pessoas.


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