Em pouco mais de 1 ano, 3.623
motoristas foram autuados e 114 presos por embriaguez ao volante no Rio Grande
do Norte. Os números são da Operação Lei Seca, cuja missão é combater crimes de
trânsito e conscientizar os motoristas quanto aos riscos de dirigir sob efeito
de álcool. Neste final de semana, na Zona Sul de Natal, uma professora de dança
de 26 anos morreu vítima de uma batida de carro causada por um motorista
embriagado.
Números
Em 2018, foram realizadas 111
ações da Operação Lei Seca no estado, com 34.349 motoristas abordados, sendo
3.052 autuações por embriaguez ao volante. Destes, 105 foram presos em
flagrante por dirigirem sob efeito de bebida alcoólica.
Já este ano, de janeiro até o dia
10 de maio, foram realizadas 34 operações da Lei Seca. Ao todo, 8.056
motoristas foram abordados, com 571 autuados por embriaguez ao volante. Destes,
9 foram presos.
Os dados ainda não contabilizam
as operações realizadas neste final de semana em Natal, que resultaram em mais
de 50 condutores autuados por dirigirem sob efeito de álcool.
“Ao longo dos últimos anos,
apesar de os números de pessoas autuadas ainda serem preocupantes, temos
percebido uma diminuição da prática infracional. As pessoas estão cientes que
existe uma lei rígida, uma fiscalização forte e consequências pesadas, o que
tem contribuído para que elas venham se expondo menos. Além disso, também temos
as campanhas educativas e o advento dos aplicativos de transporte, que facilitaram
muito a vida de quem quer beber e se divertir com responsabilidade”, destacou o
coordenador da Operação Lei Seca no RN, o capitão PM Isaac Paiva.
Lei Seca não tolera nenhuma quantidade de álcool - Foto: Reprodução/TV Globo. |
Pena maior
O Código de Transito Brasileiro
(CTB) passou por mudanças em abril de 2018, aumentando a punição para
motoristas embriagados ou drogados que causarem acidentes com vítimas no
trânsito. Desde então, motoristas bêbados enquadrados na lei de trânsito por
homicídio culposo (sem intenção de matar) devem cumprir pena de 5 a 8 anos de
prisão, além de ter o direito de dirigir suspenso ou proibido.
Antes, a pena por causar acidente
com morte era de 2 a 4 anos, o que permitia que o delegado responsável pelo
flagrante estipulasse uma fiança, que poderia liberar o motorista
imediatamente.
Com a elevação da pena, o
delegado não pode mais determinar a fiança porque a lei permite isso apenas em
crimes com pena máxima de 4 anos.
*G1 RN via Blog do JP.
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