MUÇÃO É PRESO EM OPERAÇÃO DE COMBATE À PEDOFILIA E PORNOGRAFIA INFANTIL EM PE, DF E MAIS 10 ESTADOS.
O radialista Mução, famoso por seu programa de
humor veiculado em várias emissoras do Brasil, é um dos presos de uma operação
contra a pedofilia e a pornografia deflagrada nesta quinta-feira pela Polícia
Federal (PF). Os mandados de prisão e busca e apreensão estão sendo realizadas
em Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte e no
Distrito Federal. A superintendência da PF em Pernambuco concede esta manhã
uma entrevista coletiva para apresentar o balanço da ação.
De acordo com nota divulgada pela PF-PE, os
trabalhos na região visam cumprir quatro mandados de busca e apreensão, sendo
dois no Recife, um em Natal e um em Fortaleza e um mandado de prisão
temporária, todos expedidos pela 13ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária
de Pernambuco.
Pelo menos quatro dos 15 mandados de prisão
expedidos pela Justiça pelo país já foram cumpridos, com quatro prisões
confirmadas no Rio Grande do Sul. A operação DirtyNet, como foi batizada,
pretende cumprir ainda 50 mandados de busca e apreensão.
Em Pernambuco, quinze policiais federais entre delegados, agentes, escrivães e peritos realizam buscas para apreender cd´s, notebooks, discos rígidos, fotos, filmes para subsidiar as investigações e a comprovação de autoria dos crimes.
Em Pernambuco, quinze policiais federais entre delegados, agentes, escrivães e peritos realizam buscas para apreender cd´s, notebooks, discos rígidos, fotos, filmes para subsidiar as investigações e a comprovação de autoria dos crimes.
A investigação iniciada em 2011 e que corre sob
segredo de justiça identificou 49 suspeitos espalhados nas 25 cidades, um deles
no Recife.Todos pertenciam a uma quadrilha que compartilhava material de
pornografia infantil pela internet. Os suspeitos vinham sendo monitorados há
cerca de seis meses e, durante esse período, foram flagrados trocando arquivos
com cenas de adolescentes, crianças e bebês em contexto de abuso sexual.
Os envolvidos também relatavam crimes de estupro
cometidos contra os próprios filhos, além de sequestros, assassinatos e atos de
canibalismo. As investigações apontam que os brasileiros compartilhavam o
material
com pessoas de mais 34 países, que já foram
alertados pela Interpol. São eles: Alemanha, Arábia Saudita, Argentina,
Austrália, Áustria, Bélgica, Bósnia, Canadá, Chile, Colômbia, Croácia, Emirados
Árabes Unidos, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Grécia,
Indonésia, Iran, Holanda, Macedônia, México, Noruega, Peru, Polônia, Portugal,
Reino Unido, República Tcheca, Rússia, Sérvia, Suécia, Tailândia e Venezuela.
De acordo com o Estatuto da Criança e do
Adolescente, "possuir ou disponibilizar por qualquer meio, inclusive por
meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro
registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança
ou adolescente” é crime e prevê pena de quatro a 10 anos de prisão.
Suspeitos trocavam arquivos com cenas de
adolescentes, crianças e bebês em contexto de abuso sexual e relatavam
crimes de estupro cometidos contra os próprios filhos, além de
sequestros, assassinatos e atos de canibalismo
Fonte: Diário de Pernambuco
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