Pedro Rodrigues Filho começou
cedo: aos 13 anos, brigou com um primo e o empurrou para uma moedora de cana –
o garoto sobreviveu. Aos 14, assassinou o vice-prefeito de sua cidade, que
acusara seu pai de furtar merenda da escola onde trabalhava. O político levou
dois tiros de espingarda na frente de casa. Em seguida, matou o vigia, que
supunha ser o verdadeiro ladrão. E fugiu para Mogi das Cruzes (SP).
Na nova cidade, Pedro conheceu
Botinha, a viúva de um líder do tráfico, e entrou para o comércio ilegal. Em
seguida, casou com uma segunda mulher, que engravidou dele, mas foi morta por
traficantes rivais antes de ter o bebê. Pedrinho juntou quatro amigos e invadiu
o casamento do adversário para se vingar. Matou sete pessoas e deixou 16
feridos.
Em 1973, com apenas 18 anos, foi
preso e condenado a 128 anos de prisão. E continuou a matança: fez 47 vítimas
nas cadeias onde esteve. Uma delas foi o próprio pai, que matou a mãe de “Pedrinho”
com 21 golpes de facão e cumpria pena no mesmo presídio. Para se vingar,
Pedrinho o esfaqueou e arrancou um pedaço de seu coração, mastigou e o cuspiu.
Outro preso morreu porque roncava demais, mas a maioria eram estupradores e
agressores de mulheres. Para o matador, crianças e mulheres são coisas
sagradas.
Foi condenado pela morte de 71
pessoas – na sua conta, foram mais de 100 – nas décadas de 1970 e 1980. Para
ele, todas mereceram – dizia que só matava “os maus”. Apesar do currículo, em
2007 ele cumpriu 30 anos de prisão – o máximo permitido pela lei brasileira – e
foi solto. Quatro anos depois, aos 57 anos, foi preso novamente pela
participação em motins. Pode sair em 2019, quando termina de cumprir pena.
Fonte: *Blog do JP.
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