O que era para ser um santuário para centenas
de animais, se transformou num “campo de concentração”, ou seja, foram deixados
lá para morrer as centenas de fome e sede. A propriedade pertence ao
agropecuarista Eribaldo Cosme Nobre, o Jesus, de 55 anos, que até pouco tempo
recebia os animais apreendido nas rodovias e nas áreas urbanas e alimentava em
sua propriedade. Policiais civis da Delegacia Especializada Proteção Ao Meio
Ambiente (DEPREMA) com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) descobriram, através de denúncias
anônimas, nesta segunda-feira (12), que o “Santuário”, localizado na Zona Rural
de Apodi, havia se transformando em três grandes cemitérios com centenas de
animais mortos. Os técnicos encontraram carcaças de aproximadamente 500
cachorros, 700 jumentos e 150 gatos, todos em situação de maus-tratos.
No
local ainda restam dezenas, talvez, centenas de animais sofrendo maus tratos ao
extremo. Muitos morrendo de fome e sede. O proprietário não foi encontrado no
local, mas a polícia tem sua identificação e vai indicia-lo por maus tratos aos
animais.
As
investigações iniciais apontam ainda que Eribaldo “Jesus” recebe estes animais
de prefeituras de Apodi, Mossoró e cidades vizinhas, mantendo os bichos doentes
e alimentados tipo de “mistura”. No início, Jesus tinha alimento e água em sua
propriedade.
Ao
passar do tempo, as pessoas pararam de fazer doações de ração e, devido às
chuvas, também ficou sem pasto e água. A consequência disto foi à morte para os
animais presos na propriedade. Será aberto um procedimento criminal para
investigação das “doações” que o homem recebe através dessas prefeituras.
Eribaldo “Jesus” foi indiciado por maus tratos e por guarda ilegal de animais
silvestres (sendo 2 papagaios, um tucano e um macaco prego), já apreendidos
pelo IBAMA.
Nas
redes sociais, tão logo a matéria com dados da Secretaria Estadual de Segurança
e Defesa Social foi publicada, começou os julgamentos. Muitos condenaram a
atitude do ato de Eribaldo Jesus por receber os animais sem ter condições de
alimentá-los corretamente.
Outros,
no entanto, o vê como herói. “Esse cidadão é um herói então, que fracassou em
sua luta, no entanto ele ao menos tentou, enquanto o Estado debruça as verbas
com outras finalidades, vou mais além não está gastando nem com o próprio ser
humano que está jogado em um leito do hospital imagine com bicho do Sertão”,
diz o bacharel Cristiano Ângelo.
O
bacharel continua: “Todos sabem que criar um animal não é fácil. Todos nós
sabemos a fedentina se o ambiente não estiver higienizado, podendo até mesmo
contrair diversas doenças, e esse senhor cuidava de centenas, então nesse dia,
vem à mão do Estado punir quem menos deveria ser punido, aliás, pergunte aqui
quem quer levar um jumento para casa”.
*Mossoró
Hoje via Blog do JP.
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