O bimestre fevereiro-março foi o
mais chuvoso do Ceará desde 1986, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (Funceme). Nestes dois primeiros meses da Quadra Chuvosa, o
acumulado médio foi de 461,7 milímetros, o que corresponde a 43,4% acima da
normal climatológica para o período, que é de 322 mm.
Conforme a gerente de
Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, “embora as chuvas no centro-norte do
estado tenham ocorrido, nesses últimos dois meses, de uma forma um pouco mais
abundante, esse ano de 2020 tem mostrado uma distribuição um pouco mais uniforme
dessas precipitações”.
Ela reforça ainda que essa
distribuição ocorreu porque, neste ano, as chuvas tiveram influência tanto da
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) como também pela formação de áreas de
instabilidade associadas a Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCANs) e até
mesmo sistema frontais estacionários que se posicionaram próximo à região da
Bahia.
Macrorregiões
Considerando os dados por
macrorregiões, a mais beneficiada foi o Cariri, no sul do estado, com 601,4 mm.
Este acumulado representa 60,8% acima da normal climatológica.
Reservatórios
Os principais do Ceará têm
recebido um reforço no aporte de água, mas a situação continua preocupante e
segue sendo aconselhado o uso consciente da água no estado. O açude de Orós
está com 16,6% e o Castanhão, maior do estado, apresenta 10,69% da sua
capacidade total.
Porém, com precipitações
expressivas no sul, área onde estão os principais reservatórios, os volumes têm
variado positivamente. Hoje, dos 155 reservatórios monitorados pela Companhia
de gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), 33 estão sangrando.
Abril
Para o mês de abril, a normal
climatológica é 188 mm, sendo o segundo mês da quadra chuvosa com a maior média
esperada. De acordo com prognóstico de chuvas divulgado pela Funceme no último
mês de fevereiro, a previsão é de 40% de chuvas acima da média, 40% no entorno
e 20% abaixo da normal considerando todo o período de março a maio.
Ascom
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