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quarta-feira, 9 de maio de 2012


MÃE E FILHA ASSASINADAS
Vítimas foram encontradas mortas dentro de casa por vizinhos. Elas foram amarradas e torturadas
Larissa Moura // Especial para o Diário de Natal

larissamoura.rn@dabr.com.br 


Polícia investiga possibilidade de latrocínio. Menina de 10 anos teria presenciado mortes da mãe e da avó. Ela apresentava ferimentos. Fotos Carlos Santos/DN/D.A Press
Um crime brutal foi registrado ontem no bairro de Nova Parnamirim, na Grande Natal. A aposentada Olga Cruz de Oliveira Lima, 61, e a estudante Tatiana Cristina Cruz de Oliveira, 36, respectivamente mãe e filha, foram encontradas mortas dentro de casa, na Rua Raimundo Lopes Chaves, por vizinhos na manhã de ontem. As vítimas apresentavam sinais de espancamento, tortura e lesões de arma branca. Olga foi encontrada no chão do banheiro, enquanto que Tatiana estava amarrada a uma cadeira em um dos quartos da casa. A polícia trabalha com a possibilidade de um possível latrocínio (roubo seguido de morte), mas não há suspeitos. Existe a possibilidade de que a filha de Tatiana, uma garota de 10 anos, tenha presenciado as mortes. Alguns cômodos da casa estavam desorganizados e há suspeita de que alguns objetos tenham sido levados após o crime, no veículo da família, um Ford Fiesta vermelho.

A descoberta do crime, que teria ocorrido ainda na segunda-feira, só foi possível pelo comportamento da criança. Uma vizinha e amiga da família a encontrou caminhando sozinha para a aula de reforço, próxima a sua casa, e estranhou o seu atraso, passando às 17h30, ao invés do horário normal - pontualmente às 15h. Quando pediu para vê-la mais de perto, a vizinha notou machucados no rosto da criança, que afirmou ter caído do patinete e batido a cabeça, tendo desmaiado e acordado tempos depois, por isso o atraso para a escola. A vizinha, e amiga da família, conta que pediu que a menina não fosse para a aula e aguardasse com ela a chegada da mãe, mas a criança afirmava "minha mãe vai chegar tarde hoje".

Após tentar ligar várias vezes para a família da criança, sem retorno, a vizinha conta que ficou preocupada com a gravidade do ferimento e, junto da filha, levou a criança ao Hospital Walfredo Gurgel, onde ela passou por uma tomografia e ficou em observação durante toda a noite, até às 9h de ontem, quando foi atendida pela neurocirurgiã Anne Costa.

A amiga da família relatou que estranhou a atitude da menina, que não dormiu nem perguntou pela mãe durante toda a noite, chegando a dizer "minha mãe disse que se ela demorasse, eu ficasse com você". Ao ser liberada do hospital, ela e filha passaram na residência da criança para pegar uma troca de roupa, quando perceberam a cozinha completamente bagunçada e notaram manchas de sangue na porta do banheiro. Apesar da resistência da menina para ela não abrir a porta, a vizinha conta que avançou e notou o corpo de Olga estendido no chão. Policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) foram acionados por volta das 10h30. A criança permaneceu na casa da vizinha enquanto aguardava a chegada de outros parentes e não quis brincar com Sheila, a cachorra yorkshire comprada no canil de sua casa meses antes.

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