Câmera de vigilância flagrou agressão a mulher em plena luz do dia, em Natal; filha da vítima, de 4 anos, viu tudo - (Foto: Reprodução). |
A violência contra a mulher
possui dados preocupantes no Rio Grande do Norte. Nos últimos três anos,
cresceu o número de mulheres assassinadas – embora se tenha registrado uma
queda na quantidade de feminicídios – que são os casos caracterizados pela
desigualdade de gênero. De 2015 a 2017, o percentual de mulheres mortas subiu
34,2%. Nos casos de feminicídio, a redução foi de 20,6%. Contudo, a quantidade
de denúncias de ameaças, agressões e estupros saltou de uma média diária de 3,3
em 2015 para uma média de 7,4 casos relatados por dia em 2017.
Os números de mortes registradas
no estado são da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social
(Sesed). Já os números de denúncias, foram fornecidos pela Coordenadoria de
Defesa dos Direitos da Mulher e das Minorias (Codimm), órgão que é ligado à
Sesed.
“A Lei Maria da Penha não veio para punir o
agressor, mas para proteger a mulher. Houve, sim, uma redução da violência
contra a mulher. Contudo, temos uma cultura extremamente machista, onde o homem
ainda acredita que tem poder e domínio absolutos. E, quando ameaçado ou
desafiado, ele recorre ao uso da força e da violência”, ressaltou Erlândia
Passos, coordenadora da Codimm.
Mulheres assassinadas no RN
2015 | 2016 | 2017 | Variação (2015-2017) | |
Total de mortes de mulheres + casos de feminicídios | 111 | 102 | 149 | + 34,2% |
Apenas feminicídios | 29 | 29 | 23 | - 20,6% |
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