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quinta-feira, 9 de agosto de 2012


O TEMOR DA RETOMADA DA VIOLÊNCIA NA CAMPANHA POLÍTICA NO RN.

Passado o primeiro mês de campanha eleitoral, o acirramento da disputa política no interior do estado já começou a provocar os primeiros atos de violência. O primeiro caso de suspeita de assassinato por causa da disputa ocorreu no município de Pau dos Ferros, onde um militante peemedebista morreu após ser atropelado em movimentação política. A vítima era conhecida como Tico do Perímetro. O fato provocou o pedido de reforço policial para o município durante a campanha, feito pelo deputado estadual Gustavo Fernandes (PMDB).
“Chega de violência. É preciso pôr um fim nessa tendência ao vandalismo. É inadmissível que as eleições tenham esse clima aguerrido. Pretendemos ter uma manifestação pacífica e calma, para que cada candidato possa levar suas propostas aos cidadãos. Tenho a obrigação de fazer essa denúncia aqui, não só pela dor de perder um amigo, mas pela sua família, para que não aconteça mais essa violência”, desabafou o peemedebista.
Ontem, o deputado estadual Getúlio Rego (DEM), adversário de Gustavo em Pau dos Ferros, disse que o episódio não teve conotação política. “Nossa vida pública sempre foi pautada pelo trabalho e pelo cumprimento da norma legal. As lideranças políticas de Pau dos Ferros nunca incitaram a violência e nem transformaram a disputa política numa queda de braço. Sempre apresentamos ideias, propostas e respeito ao pleito coletivo”, rebateu o parlamentar.
Nos outros municípios do estado, ainda não foram registrados acidentes mais graves. Temendo o acirramento da campanha eleitoral, juízes eleitorais responsáveis por 105 municípios do Rio Grande do Norte já solicitaram reforço de tropas federais para as eleições. Os pedidos foram encaminhados ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que aguarda uma resposta da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), desde o dia 27 de julho, para enviar os pedidos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O TRE fez uma consulta à governadora para saber se existe condições de, somente com a Polícia Militar (PM), o Estado conceder reforço aos municípios que requereram maior segurança. Em caso de a governadora declarar que o Estado não tem como atender a demanda, o TRE solicitará as tropas federais ao Tribunal Superior Eleitoral. Os juízes alegam que o contingente policial dessas cidades é pouco para o período de eleições.
De acordo com a assessoria de imprensa do TRE, Rosalba Ciarlini ainda não se posicionou sobre o assunto. Enquanto isso, os juízes eleitorais aguardam. Nossa equipe de reportagem entrou em contato com o governo do estado para questionar sobre o posicionamento referente o assunto. No entanto, a assessoria de comunicação não soube informa e o secretário do Gabinete Civil, Anselmo Carvalho, não atendeu nossas ligações.
Do Diário de Natal Via Robson Pires

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