A violência dentro das residências do Rio Grande do Norte foi tema de discussão na tarde desta quarta-feira (20). Por proposição da deputada Cristiane Dantas (PCdoB), diversos órgãos públicos e representantes da sociedade civil organizada discutiram ações capazes de diminuir casos de agressões e crimes dentro dos lares. Na audiência, os presentes elogiaram dois projetos apresentados pela parlamentar ligados à proteção das mulheres.
Contando com as presenças dos deputados Hermano Morais (PMDB) e Márcia Maia (PSB), a audiência levantou a discussão sobre o tema que está dentro da "Semana Nacional de Justiça Pela Paz em Casa". A falta de ações efetivas para coibir a aproximação de criminosos às vítimas de agressões e a dificuldade em difundir a cultura de respeito às mulheres foram alguns dos pontos abordados. Para tentar minimizar os problemas, a deputada Cristiane Dantas apresentou dois projetos.
No primeiro, que foi apresentado e tramita na Casa, a deputada sugeriu a criação do Mês de Proteção à Mulher, sempre em agosto, inserindo no calendário oficial do Rio Grande do Norte a campanha para buscar a mudança cultural do machismo e, assim, contribuir para erradicar a violência contra as mulheres.
Na segunda proposta, que também já está em tramitação, a parlamentar propõe a criação da Patrulha Maria da Penha, onde residências e locais de trabalho de mulheres que foram vítimas de agressões e tenham medida protetivas determinadas pela Justiça deverão ser patrulhados pela Polícia Militar.
"Isso já é uma realidade em alguns estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul, e acredito na eficácia no Rio Grande do Norte, principalmente se aliado a uma campanha constante para a conscientização da população e erradicação do machismo", disse a deputada.
A deputada Márcia Maia (PSB) também enalteceu a proposta de Cristiane Dantas, assim como representantes das entidades presentes. Para a parlamentar, no entanto, é preciso que se dê mais estrutura para o trabalho das delegacias de polícia que investigam crimes contra as mulheres. A deputada garantiu que vai continuar cobrando ações nesse sentido do Poder Executivo.
"Não deixaremos de lutar e traduzir na tribuna desta Casa o sentimento das mulheres que fazem o Rio Grande do Norte. Somos maioria e, infelizmente, estamos vendo essa violência aumentar. É preciso mudar", disse Márcia Maia.
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