Quem chega à Escola Municipal Maria Pereira Leite percebe um novo cenário. Enquanto os estudantes aprendem o conteúdo das disciplinas básicas em sala de aula, praticam suas habilidades agrícolas, em ambiente antes ocioso da instituição, por intermédio do projeto “Hortas que Educam”.
Alunos do 3° ao 9° ano estão envolvidos na idealização. “Eles estão, já desde o início, aprendendo a adubar o solo, plantar e fazer a irrigação, sabendo que estão produzindo seu próprio alimento”, disse o técnico do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) de Encanto, Francisco Fábio, cujo incentivo ao trabalho recebeu reforço das secretarias de Agricultura, Educação e Meio Ambiente.
O cultivo da horta vai desde cebolinha, alface, coentro – que se somarão à merenda escolar – até plantas medicinais. As primeiras instruções para a produção, bem como a discussão de sua relevância, datam do mês de outubro, quando houve palestras para as turmas com o apoio da assistente social da Emater Pricila Leite.
Após concretizada a ação, uma das preocupações da unidade de ensino foi com a sua manutenção. A diretoria resolveu coletar água dos ares-condicionados para que as crianças pudessem aguar a plantação: Uma tubulação de PVC, interligada a mangueiras de dreno, recolhe o líquido dos aparelhos.
“A ideia surgiu depois de uma matéria que eu vi na internet sobre o reuso de água”, revelou Hugo Fernandes, movido pelo desejo de um desenvolvimento sustentável mediante a economia de um recurso ainda abundante no município, porém, escasso na região. “O que sobra é utilizado na lavagem do pátio da escola”, acrescentou.
Segundo Hugo, a horta irá ganhar uma cobertura contra a incidência direta dos raios solares. Outra mudança positiva será um serviço de grafitagem, em uma das paredes do terreno, a ser feito por um pai de aluno, que dedicará seu talento de forma voluntária.
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