Mesmo preso desde o dia 6 de
junho, o ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB), comandava um
esquema de ocultação de bens e fraude de licitações, por meio de assessores e
pessoas ligadas a ele, afirmou a Polícia Federal.
"Depois da deflagração da
operação Manus (em junho), nós percebemos que o ex-deputado federal passou a
ter duas condutas. A primeira é que ele estava articulando com seus assessores
diretos a ocultação de seus bens, ou seja, um crime de lavagem de dinheiro.
Percebemos uma segunda conduta, com base também nesses assessores, que era
articulação junto a prefeituras do Rio Grande do Norte, no direcionamento de
licitações", afirmou o delegado da PF, Oswaldo Scalezi Júnior, durante
coletiva sobre a operação Lavat, deflagrada na manhã desta quinta-feira (26) no
RN e em Brasília.
Na operação, foram presos um
funcionário do Ministério do Turismo e dois assessores de Henrique Alves. Ao
todo, foram cumpridos 27 mandados, sendo três de prisão, dois de condução
coercitiva e o restante de busca e apreensão.
Foram presos:
Aluísio Henrique Dutra de Almeida
(assessor de Henrique Alves);
José Geraldo Moura Fonseca Júnior
(assessor de Henrique Alves);
Norton Domingues Masera (chefe da
assessoria parlamentar do Ministério do Turismo);
O Ministério do Turismo informou
que vai exonerar Norton Domingues e que irá colaborar com a Polícia Federal
para que os fatos sejam apurados com correção. Em nota, o Ministério do Turismo
ressaltou que a busca e apreensão se restringiu à sala em que Norton trabalhava
e que o órgão não é alvo da investigação.
Foram alvos de condução
coercitiva (quando o investigado é levado até a delegacia para prestar
depoimento):
Domiciniano Fernandes da Silva
Fernando Leitão de Moraes Júnior
O G1 tentou localizar aos
advogados dos citados. A reportagem chegou a ligar para os telefones de Aluísio
Dutra e José Geraldo por volta das 8h, mas ninguém atendeu. Os dois são
assessores de Henrique Alves. Mais cedo, ao saber da operação, a defesa do
ex-ministro afirmou que não iria se pronunciar antes de conhecer o caso. A
reportagem ainda aguarda um posicionamento do advogado de Alves.
Do *G1 RN.
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