Com o intuito de ampliar o setor
tecnológico e produtivo de mineração no Rio Grande do Norte, o IFRN iniciou, na
semana passada, de 20 a 24 de agosto, a instalação da mini planta de operação
de processamento e análise de minerais. O equipamento, um dos 6 existentes no
país, foi instalado no prédio que funcionará o Centro de Tecnologia Mineral
(CTM), em Currais Novos. O projeto é uma parceria entre o IFRN, a Fundação de
Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (Fapern), a Fundação de Apoio ao IFRN e
a Fundação Gorceix - da Universidade Federal de Ouro Preto.
CTM
Localizado na jurisdição do
Campus Currais Novos do IFRN, o CTM contará com uma área de aproximadamente 800
m², distribuída em dois laboratórios de pesquisa, uma planta-piloto, uma área
de preparação da amostra, seis salas incubadoras, cinco salas para grupos de
pesquisa, sala de treinamento, além de um centro de gestão. "Um
investimento calculado em torno de R$ 800 mil que contribuirá com a extração,
análise e processamento de minerais da região do Seridó potiguar e fortalecerá
a competitividade produtiva do Rio Grande do Norte no cenário da mineração
brasileira e mundial", explicou o reitor do IFRN, Wyllys Farkatt.
Já o pró-reitor de Pesquisa e
Inovação, Márcio Azevedo, destaca que o CTM é um grande passo para ingressar no
nicho dos seis estados de referência tecnológica mineral do Brasil. O Centro
pretende, em parceria com a Fundação Gorceix - da Universidade Federal de Ouro
Preto -, concentrar as demandas de aperfeiçoamento de pesquisa mineral na
região Nordeste. Em um primeiro momento, seguindo o modelo de gestão da
fundação mineira, concentrará projetos de empresas privadas e subsídios
técnicos do IFRN, gerando, dessa forma, recursos que serão convertidos para o
Instituto e para o estado.
Participantes
Para a implementação do CTM, o
IFRN movimenta pesquisadores e professores de três campi: Currais Novos,
Parelhas e Natal-Central, além da Funcern. Ao todo, o projeto reúne uma equipe
multidisciplinar de profissionais, que conta com químicos, engenheiros
químicos, engenheiros de minas, geólogos, engenheiro de processo e engenheiro
eletricista. As atividades são coordenadas pela Pró-Reitoria de Pesquisa e
Inovação do IFRN (Propi).
Para Alexandre Magno, professor
de Mineração do Campus Natal-Central, o CT Mineral fomentará projetos de
pesquisa em tecnologia mineral e inovação, com forte capacidade produtiva de
nível mundial. Ele ainda ressaltou o empenho e o esforço do reitor, professor
Wyllys Tabosa, e do pró-reitor de Pesquisa e Inovação para tornar o projeto
viável.
Referência
Rodrigo Siqueira, diretor de
inovação tecnológica da Propi, destacou o potencial do CT em ser uma referência
na extração de vários minerais não só no Brasil, como também no mundo. Ele
ainda destacou que o próximo passo é implementar um modelo de gestão comercial
e iniciar as operações “É um projeto que envolve pesquisa e muito empenho.
Temos profissionais, potenciais, parcerias e instalações de excelência. Nos
próximos cinco anos, podemos ser referência brasileira nesse mercado”,
revelou.
Com o avanço, o IFRN passará a
integrar, junto ao Ministério de Minas e Energias, o ecossistema de mineração
no Brasil. Espera-se que o Centro de Mineração contribua com o mercado local,
fortalecendo o potencial da mineração potiguar, criando novos vínculos e
descobertas.
Fundação Gorceix
Possuindo mais de 50 anos de
atuação no mercado, a Fundação Gorceix é considerada uma das principais
instituições de apoio ao desenvolvimento de ciência e tecnologia do setor
minério-metalúrgico. A instituição tem contribuído com as áreas da geologia,
mineração, metalurgia e áreas afins.
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