Delatores diz que o deputado Ricardo Mota desviou dinheiro para reformar casa em Lagoa do Bonfim. |
Denunciado pelo Ministério
Público do Rio Grande do Norte por crime de peculato, não última segunda feira
(28) o deputado estadual Ricardo Motta (PSB) teria comandado um desvio de R$
400 mil do Instituto de Desenvolvimento Ambiental do Estado (Idema) para quitar
a reforma de uma casa na Lagoa de Bomfim, em Nísia Floresta, região
metropolitana de Natal. As informações se tornaram públicas após o levantamento
do sigilo judicial.
Duas delações premiadas reforçam
a denúncia, que é resultado da operação Capuleto, deflagrada pelo MP em maio de
2017 para apurar a prática de crimes decorrentes do desvio de recursos públicos
oriundos de convênio firmado entre o Idema e a Fundação para o Desenvolvimento
Sustentável da Terra Potiguar (Fundep). O desvio teria acontecido dentro do
contrato de R$ 1 milhão com uma construtora, para realizar a reforma do
Ecocentro – nova sede do Idema – com recursos provenientes de compensação
ambiental paga pela empresa Brasventos Eolo Geradora de Energia S/A ao Estado.
Segundo o advogado Thiago Cortez,
que representa Motta, a defesa ainda não foi notificada da denúncia e ele ainda
não teve acesso ao material. “É repugnante o Ministério Público repetir a
notícia da denúncia para atingir a imagem do deputado em plena campanha
eleitoral”, afirmou.
As delações premiadas são do
ex-diretor do Idema, Gutson Johnson Giovanny Reinaldo Bezerra e da
ex-presidente da Fundep, Vilma Rejane Maciel de Souza. De acordo com eles, ao
tomar conhecimento dos recursos acordados entre a empresa de energia eólica e o
Idema para reformar o Ecocentro, o deputado determinou a contratação de uma
construtora ligada a ele para fazer a reforma. A empresa tem como sócio o filho
de um construtor amigo do deputado, a quem Motta devia R$ 400 mil pela reforma
em sua casa na lagoa do Bomfim.
Ainda de acordo com a denúncia, o
contrato do Idema com a empresa foi firmado no valor de R$ 1 milhão, porém a
empresa só entregou obras equivalentes a R$ 600 mil. Ainda assim, foram feitas
simulações de medições para que os órgãos públicos pagassem o valor completo
contratado.
Fonte: *Jornal Folha Regional.
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